domingo, 7 de outubro de 2012

“La fiesta sigue y nunca se va a terminar!!”


Olá caros amiguinhos leitores!! Tudo bem com vocês? Essa semana teve um dia muito especial para mim e boa parte da minha geração. (Não estou falando do casamento do Cebolinha com a Mônica, apesar disso ter me chocado profundamente!) Dia 4 de outubro foi dia mundial do RBD. E como todo ano, tenho a mania de relembrar as músicas e acabei colocando toda a discografia da banda para ouvir no ônibus enquanto eu ia para um a entrevista de emprego com uma prova de conhecimentos gerais que envolvia desde o presidente do Uruguai até Nissim Ourfali!

Porém esse ano teve um toque especial. Sabe quando você começa a ouvir os primeiros acordes de uma canção que você não ouvia há anos e te dá um pequeno aperto no peito (Cuidado, se o aperto for bem forte, do lado esquerdo no peito e começar a sentir o braço formigando, não é só carinho e saudade..pode ser um infarto! Fica de olho criançada!)? Aquela sensação de ouvir uma música e vir com ela uma série de sentimentos e lembranças...

Lembro que, assim que comecei a ver “Rebelde”, fiquei louca pelo Miguel, personagem do Alfonso Herrera, e foi ele quem me fez chorar pela primeira vez em uma novela, quando ele contou para Mia sobre como a morte de seu pai foi causada pelos Colucci e ele veio atrás de vingança. (Trama que a “Malhação” roubou anos mais tarde na maior cara de pau!) Também graças a ele tive meu primeiro principio de infarto, quando minha amiga soube que ele sofria um acidente na terceira temporada e ficava em coma, me fazendo chorar na frente de um computador em uma lan house que nem uma louca, fazendo todos me olharem esquisito, por estar vendo uma cena que só iria ocorrer daqui a cem capítulos na versão dublada (Sou pobre gente, demorei para ter computador em casa! Provavelmente você já tinha um ipod quando consegui um pc!). Sem falar que praticamente 70% das meninas já brincaram de ser Mia e a Roberta do seu grupinho de BFF’s! (Sempre rejeitavam a Lupita coitada...) (Eu era a Roberta, sempre fui a louca!)

Até que minha amiga me emprestou um cd piratex (Pobreza galera..lembrem-se disso!) da banda pra ouvir e me apaixonei. Fudeu! Quando eu gosto de algo, é pra valer mesmo. Fato é que essa minha amiga parou de acompanhar a banda no segundo cd e eu tenho nove deles na minha prateleira (Sem falar os DVDs..) (Tudo original!) (Tive que roubar muito trocado do mercado pra conseguir o dinheiro!). Nunca vou me esquecer do dia em que o SBT passou o DVD “Live in Rio”, show que eles fizeram no Maracanã e com “A Tu Lado”, me fizeram chorar pela primeira vez com uma música. Lembro também que gravei o especial no videocassete e coloquei o celular do lado da televisão para gravar a música e colocá-la como toque. (Na época comprar Mp3 era gastar 3 reais para ter o refrão!)

A partir disso foram anos...

..Anos aprendendo espanhol, ouvindo as musicas vazadas repetidamente para anotar as letras em um bloquinho e ir cantando junto.

..Anos criando em minha mente clipes para cada uma das mais de cem músicas que eles lançaram e se decepcionando quando eles lançavam um clipe oficial, porque mexicano não sabe fazer clipe decente (Tirando Inalcanzable, Ser o Parecer e Empezar desde Cero)! (Porra, em “Tu Amor” dá pra reparar que o Christopher nem gravou no mesmo dia em que os outros 5 e a Maite tira uma lagosta da água..WTF?)!

.. Anos aprendendo coreografias cujas quais eu nunca conseguia aprender direito, pelo simples fato de eu não ter nenhum tipo de coordenação motora e na verdade ficava mais me jogando de um lado pro outro surtando.

..Anos ouvindo posers cantando “E sou rebeldiiiii...”.

..Anos cantando gritando ao ouvir minhas músicas deprimentes preferidas. (Que, aliás, RBD ganhou duas vezes um prêmio chamado “Melhor canção de cortar as veias”!) (CHUPA EMOS!)

..Anos rezando pro Poncho finalmente ter um solo e quando surge “Si no estás aqui”, choro que nem bezerra desmamada.

..Anos baixando séries, filmes e novelas que os integrantes fizeram através de streams ao vivo e sem legenda, que travam a cada dois minutos e sem entender 85% do que eles dizem já que nunca fiz aula de espanhol na vida.

..Anos indo correndo pra Saraiva, pois os cds deles esgotavam em menos de uma semana nas lojas e fazendo amizade com atendentes da loja só pra ver se eles separavam um pra mim.

Nunca vou me esquecer do dia em que consegui fazer consegui ir a um show deles e pude sentir pela primeira vez o “Furfle Feeling”. (Sim, isso é o nome de uma música de comédia do Marcelo Adnet que faz criticas a músicas que não dizem nada, mas o sentimento que eu tive naquela noite é indescritível.) (Isso foi o mais próximo que consegui nominar a sensação.) Tudo bem que praticamente obriguei minha amiga que cedesse sua casa para me abrigar depois do concerto e quase morri de tanto correr nas rampas do HSBC Arena para tentar arranjar um lugar bom e tive que ir pra trás de qualquer jeito porque sou pequena e não conseguia enxergar nada. Resultado? Subi na minha mochila para poder ver, quebrando um espelho e meu porta-óculos. Mas se fosse necessário faria tudo de novo.

Cada mensagem, cada melodia, cada acorde, cada agudo..cada parte da história do RBD se entrelaçou com a minha e isso é inesquecível.


Kati Vianna (@KatiVianna)



Ps: O título do post é de autoria de Alfonso “Poncho” Herrera Rodriguez, meu marido desde minha pré adolescência..

Ps 2: Só falta ele saber disso...

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